A pesquisa “Consumidor Orgânico 2019” realizada pela Organis, Associação de Promoção dos Orgânicos, mostra resultados muito otimistas para setor: 19% da população consome algum produto orgânico e 35% consumiu alimentos orgânicos nos últimos seis meses. O maior percentual está na região Sul, onde 48% compram alimentos orgânicos, seguida pela região Sudeste, com 42%. A pesquisa revelou ainda que 88% estão dispostos a aumentar consumo de orgânicos.
Esta pesquisa de 2019 aponta um amento de 4% no consumo de orgânicos em relação à pesquisa de 2017, em que 15% da população (excluindo a região Norte) afirmou comprar orgânicos.
“Constatamos que 1 em cada 5 brasileiros consome algum produto orgânico, com frequência média de três vezes por semana, em especial hortifrutis. Há muitas oportunidades de crescimento, pois 88% estão dispostos a comprar orgânico”, explica Ming Liu, diretor da Organis.
Os hortifrutis lideram o consumo de orgânicos (35% frutas, 24% verduras, 21% alface, 16% legumes, 15% tomate e 8% hortaliças), mas 35% dos consumidores brasileiros sabem que existem outros tipos de produtos orgânicos além dos alimentícios, como produtos de limpeza, cosméticos e vestuário.
O preço dos orgânicos ainda pesa na decisão de compra para 75% dos entrevistados, mas a pesquisa aponta que para 48% dos que consomem essa diferença é justificada.
“O que nos anima é perceber que uma parcela significativa dos brasileiros já reconhece claramente o valor agregado aos produtos orgânicos, pois tanto os que consomem quanto os que não consomem entendem que os custos de produção mais elevados justificam o maior preço dos orgânicos. A partir dessa pesquisa, podemos dizer com segurança que, na medida em que a renda do brasileiro aumentar, o tamanho do mercado de orgânicos também vai crescer, pois há motivação e disposição para o consumo”, conclui Cobi Cruz, diretor da Organis.
Realizada pela Brain – Bureau de Inteligência Corporativa, a pesquisa entrevistou 1.027 pessoas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Manaus, Goiânia e Brasília, sendo 56% mulheres e 44% homens, de 18 a 40 anos, com renda de 1 a 10 salários mínimos.
