A internet permitiu que as pessoas escolhessem ler o assunto que quiser, na hora que quiser e fazer “curadoria” das fontes de informação, entre os veículos de comunicação, blogueiros, acadêmicos e influenciadores. É fácil exemplificar nos segmentos de cosméticos, moda e gastronomia. Mas, e os orgânicos?
Definidos como naturebas ou ecochatos, a imprensa tradicional cuidou – e bem – de introduzir os orgânicos nos segmentos de agronegócios e no estilo de vida com apelo de bem estar. A “moda” editorial era mostrar famílias de estilo que privilegiava o natural. Revistas e programas de TV, antenados na demanda, indicam receitas com ingredientes orgânicos e valorizam os produtores locais.
Tudo isso faz parte do aumento de publicações mundiais que se especializaram no movimento orgânico, mostrando desde o perfil do produtor no campo ao modo de consumo do cidadão, abordando os orgânicos, sustentáveis, naturais e agroecológicos como setor econômico e não só nicho de mercado.
Há mais de 3.000 mídias de acompanhamento do setores orgânicos e sustentáveis e centenas de blogueiros que geram milhares de notícias diárias. O saldo é o fortalecimento do setor na mídia tradicional e na nova mídia, sempre com o fator de qualidade na informação sobre números, os negócios e as tendências do setor.
No Brasil, multiplicam-se as editorias de Bem Estar, Agroecologia, Nutrição, Beleza, Moda, Alimentos e Estilo que destacam a aplicação dos produtos orgânicos e sustentáveis no dia a dia. Ponto para o cidadão. Blogueiros, artistas e jogadores de futebol são personagens de revista que destacam como os orgânicos mudaram a qualidade de vida. São formadores de opinião, com mídia espontânea, e isso não tem preço!
Mas para que esse bolo cresça, é importante que o fermento seja a valorização das mídias, tanto pelo leitor como pelas fontes. A internet propiciou a democratização da informação e a curadoria dos melhores veículos de informação. Jornais e revistas convertem seu conteúdo para o mundo online, rádios investem em podcast e as matérias de tv viram hits no Youtube. Blogs e portais de notícias digitais se destacam pela agilidade. Cada mídia custa muito dinheiro. As receitas publicitárias e publieditoriais estão muito aquém em relação aos outros modelos, mas as agências começam um movimento de valorização da mídia “alternativa”.
Afinal, somos orgânicos por natureza.