O segmento de produtos orgânicos fechou a primeira quinzena de maio de 2020 com aumento na demanda de produtos orgânicos prontos e estabilidade no consumo de frutas, legumes e verduras.
Segundo a Organis, Associação de Promoção dos Orgânicos, os produtos orgânicos industrializados, quase sempre relacionado com alguma marca, processados ou semiprocessados, estão em curva ascendente desde o início da pandemia.
Os produtos práticos, prontos, semiprontos ou de preparo fácil têm se destacado. A Vapza, empresa de alimentos cozidos no vapor e embalados à vácuo, teve um crescimento de 82% nos meses de março e abril. A Fazenda Santa Julieta Bio, que faz entregas de cestas de alimentos frescos e in natura, cresceu 52% no mesmo período.
“Nossa leitura é que as pessoas que se alimentavam em seus locais de trabalho, sem o hábito de cozinhar todos os dias, estão preocupadas com a saúde e optando por produtos orgânicos e práticos, nesse período de pandemia que ninguém sabe direito até quando irá se assentar”, argumenta Cobi Cruz, diretor da Organis.
A associação mensura o aumento do interesse nos orgânicos diariamente. “Temos recebido pedidos de informações sobre certificação orgânica, de pequenos lojistas, fora dos grandes centros, que buscam por produtos orgânicos para atender ao aumento da demanda. Outro movimento que detectamos é o interesse de produtores sobre a conversão para o orgânico”, comenta o diretor da Organis.
