A Órigo, marca de molho de tomate orgânico associada à Organis, nasceu da inquietação dos sócios Márcio Crippa, Otto e Caio Pieske. Proprietários de uma importadora e distribuidora de alimentos, começaram a questionar o modelo do negócio e a alimentar o desejo de ter a sua própria marca.
“O Brasil é um país com um enorme potencial produtivo e um povo aguerrido. A gente queria participar e valorizar isso”, conta Márcio Crippa. Quando surgiu a oportunidade de terem uma marca de molho de tomate e começaram a conversar com produtores rurais para entender a realidade da produção agrícola, viram que tinham encontrado o caminho que queriam seguir. E foi a partir daí que, há um ano, o sonho se tornou realidade e a Órigo entrou no mercado.
Crippa e os Pieskes acreditam no alimento como ato político. E trabalham para exercer as vertentes políticas que estão por trás do alimento. Um modelo de cultivo agrícola que preserva os recursos naturais, que valoriza e remunera adequadamente o produtor rural para a produção de um molho de tomate de qualidade, 100% natural e cheio de sabor.
Todo o trabalho é baseado em quatro pilares: qualidade, rastreabilidade, comércio justo, e sustentabilidade ambiental e econômica.
“O modelo de produção orgânica é o que sustenta nossa visão de negócio. O que é ser sustentável? É aquilo que você consegue fazer ao longo de muitos anos em harmonia com o meio ambiente sem deixar de lado o fator humano. É oferecer ao consumidor um alimento livre de resíduos tóxicos à saúde, e ao produtor um pagamento justo para que ele possa se sustentar economicamente”, afirma Otto Pieske.
O nome Órigo vem do Latim e significa origem. Uma demonstração do compromisso de seus proprietários de mostrar ao consumidor de onde vem o molho de tomate que ele está comprando. Para contar essa história, a relação com os produtores rurais é próxima e transparente.
“Nós temos uma lista de especificações que definem a qualidade do tomate. E quando eu falo que eu preciso de um tomate saudável, colhido no ponto ideal de maturação, eu preciso criar laços com o agricultor. Eu preciso estar junto e entender as dificuldades enfrentadas no campo.”, argumenta Crippa.
A qualidade do tomate é o que permite chegar a um molho industrializado e natural ao mesmo tempo. Os molhos são feitos com tomate italiano, colhidos no melhor ponto de maturação para que a relação entre dulçor (brix) e acidez (PH) esteja equilibrada e adequada para o processamento. São esses dois fatores que garantem o sabor natural do produto final, com gostinho de molho feito em casa.
A acidez natural do fruto, combinada ao processo de envaze, tem ainda o papel de contribuir com a conservação sem aditivos químicos. O molho é envazado ainda quente e, ao esfriar, forma um vácuo que vai conservá-lo por um longo período. Para garantir o sucesso do processamento, o brix e o PH dos tomates são medidos antes da colheita.
No modelo de trabalho que praticam, o produtor sabe antecipadamente quanto vai receber pelo quilo do tomate, o que permite que ele possa se planejar e fazer novos investimentos.
“O personagem principal dessa história é o agricultor. Por isso, optamos por reduzir nossa margem de lucro para melhor remunerá-lo. Não estamos em busca apenas de um tomate de qualidade, mas também de uma qualidade de vida para quem vai produzir o tomate que vai virar molho”, diz Crippa.