Os modelos de produção de alimentos no mundo inteiro estão sob a mira do consumidor com o advento atual do aparecimento do Coronavírus. Um vírus que mobiliza todos os continentes, que transforma a vida diária de bilhões de pessoas, podendo seus impactos serem prolongados por meses. Com a questão da imunidade em destaque, isto representa um aviso para o consumidor: é necessário colocar na balança qual ou quais os modelos que vão atender as exigências quanto ao benefício ou malefício do alimento na saúde humana.
Esta questão é levantada há, pelo menos, 40 anos por uma pequena parcela de produtores, técnicos, pesquisadores e consumidores. Recentemente começou a ser considerada pela indústria do alimento com o lançamento de produtos orgânicos certificados no mercado, ou seja, essa indústria começa a reconhecer que é necessária uma mudança movida pela insatisfação de consumidores sobre os alimentos fornecidos. A nova dinâmica fortalece o anúncio de que os modelos de produção e processamento de alimentos necessitam uma mudança imediata, em prol de garantir a saúde de todos, e que será potencializada com a ocorrência da atual pandemia.
Para a Agrosuisse, empresa de consultoria que há 38 anos atua na elaboração e implantação de projetos agropecuários e agroindustrial, o cenário da crise reforça os caminhos adotadas desde a década de 1980, com o desenvolvimento de modelos de produção de alimentos nos princípios da Agroecologia. A empresa possui experiência em todo o Brasil, e em países da América do Sul e Central, como também em países da África. Um ponto comum em todos os continentes de atuação, é a percepção de que modelos agroecológicos incluem o ser humano como centro dos sistemas e o meio ambiente como principal fator de produção, ao contrário de modelos convencionais que reduzem o papel do ser humano no sistema de produção e minimizam a importância do meio ambiente.
A Lei n°10.831, que discorre sobre a Produção Orgânica no Brasil, inclui todos os aspectos fundamentais para garantir um alimento seguro para o consumidor. Durante sua elaboração, foram mobilizados os segmentos da agricultura, meio ambiente, saúde, ciência e tecnologia, indústria e comércio, economia e do desenvolvimento agrário, sendo a única lei de alimento no Brasil que engloba todos os setores envolvidos na cadeia agroalimentar. Este arcabouço confere a segurança alimentar para a população através dos mecanismos da conformidade e dos sistemas de garantia da qualidade do alimento que permitem um sistema de rastreabilidade em toda a cadeia, do insumo e da produção até o consumidor final.
Em tempos de insegurança da população mundial, o modelo de produção nos princípios da Agroecologia ampliam as possibilidades para um futuro melhor, traduzidos em saúde para as pessoas. Além disto, será possível redesenhar as cadeias agroalimentares que permitam a geração de empregos, trabalho e dignidade humana. Este novo desenho inclui as mais modernas tecnologias da informação a favor da produção e do processamento dos alimentos de uma forma inteligente a fim de gerar uma economia de impactos positivos ao ser humano e ao meio ambiente.